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Porque não operar a ATM
Porque a maioria das cirurgias não foram bem idicadas e nao vão curar você….
Muitas vezes, o problema não está apenas na articulação, mas no posicionamento incorreto da mandíbula. E adiantando….não é a cirurgia ortognática que vai resolver…. más, isto é papo para um outro post. Corrigir apenas o local da dor (ATM) sem tratar a causa (oclusões instáveis, contatos pré-maturos, mal posicionamento mandibular, compressão articular) pode trazer alívio temporário, mas os sintomas voltam — às vezes, ainda piores.
A verdadeira solução está em um diagnóstico correto, funcional, que analise a carga da mordida, o funcionamento dos músculos (eletromiografia) e a postura da mandíbula (Cinesiografia) .
Introdução: operar a ATM nem sempre é a melhor ideia
Você sente estalos na mandíbula, dores de cabeça constantes, cansaço ao mastigar ou travamento na abertura da boca? Esses são sintomas comuns de disfunções temporomandibulares (DTM). E talvez você já tenha ouvido de alguém: “Só cirurgia resolve isso”. Mas será que isso é verdade?
A cirurgia da articulação temporomandibular (ATM) deve ser considerada o último recurso. Apesar de parecer a solução definitiva, ela pode trazer mais riscos do que benefícios se indicada de forma precipitada. Neste artigo, vamos explorar por que você deve pensar duas vezes antes de operar a ATM, o que realmente causa os problemas na articulação e quais são os tratamentos modernos, eficazes e seguros.
- O Que é a ATM e Por Que Ela Pode Doer?
A ATM conecta o crânio à mandíbula e é responsável por movimentos como abrir e fechar a boca, mastigar, deglutir, falar e bocejar. Quando há um desequilíbrio no funcionamento dessa articulação, surgem sintomas como:
- Estalos ou ruídos ao abrir ou fechar a boca;
- Dor na face, na têmpora, nos ouvidos ou pescoço;
- Limitação de abertura da boca ou travamentos;
- Dor de cabeça crônica;
- Zumbidos e tamponamentos auditivos;
- Mordeduras de bochechas, dificuldades e cansaço ao mastigar alimentos.
Esses sintomas podem ser causados por fatores etiológicos que atacam a ATM como: Traumatismos na Infancia ( quedas com traumas diretos na mandíbula/queixo), Infecções bacterianas, Doenças Reumáticas, Doenças Metabólicas e Doenças Autoimunes. Claro, problemas oclusais ( encaixe dos dentes) e contatos dentários pré-maturos ( sobrecarga de toque em alguns dentes isoladamente), também, podem desenvolver sintomas. Más, todos estes problemas precisam ser investigados e descartados no processo de diagnóstico.
O Que Envolve uma Cirurgia da ATM?
Existem diferentes tipos de cirurgias da ATM:
- Artrocentese: lavagem da articulação com soro fisiológico para reduzir inflamação podendo ou nãp ser asspociada a viscosuplementação (introdução de Ác. Hialurônico com o objetivo de nutrir a articulação);
- Artroscopia: inserção de uma câmera e instrumentos para “lavar e infiltrar medicações ” ou corrigir pequenas alterações internas. Existem essencialmente 2 tipos: operatória e não operatória ( ;
- Cirurgia aberta: Artroplastias com discopexia (ancoragem do menisco articular) ou substituição com próteses metálicas (casos de soldadura articular – Anquilose, Traumas e Tumores).
Todas essas intervenções têm riscos importantes:
- Parestesias e Paralisias na face;
- Dores crônicas pós-cirúrgicas;
- Fibrose e limitação da função da ATM;
- Comprometimento de nervos faciais;
- Necessidade de novas cirurgias
- Risco de hemorragia durante o ato operatório.
- A Cirurgia Trata o Sintoma ou a Causa?
Difícil garantir remissao dos sintomas com a cirurgia… Geralmente, mal indicada e quando bem indicada quer recuperar a estrutura que se desorganizou (discopexia- ancorar novamente o disco no seu local anatômico) na “marra” e querer que tudo se resolva depois. E porque isso geralmente não acontece?? Porque os outros fatores não foram diagnósticados, tratados ou controlados para poder evoluir bem dos sintomas. Nosso corpo é único e como tal precisa de atenção exclusiva. A dor é multifatorial e controlar fatores sistêmicos , também, se torna imprescindível.
A verdadeira solução está em um diagnóstico correto, funcional, que analise a carga da mordida, o funcionamento dos músculos e a postura da mandíbula.
- Tratamento Conservador Funciona? Funciona e Muito!
Nos últimos anos, abordagens mais biológicas e ortopédicas têm se mostrado superiores à cirurgia, incluindo:
- Orteses interoclusais de uso contínuo (como o DIO): dispositivos que reposicionam a mandíbula para aliviar a sobrecarga articular;
- Reabilitação neuromuscular com aparelhos funcionais ou ortopédicos (reposicionamento mandibular);
- Técnicas complementares: como laserterapia, ozonioterapia, L-PRF e fisioterapia especializada.
Esses tratamentos visam restaurar a função articular e eliminar os sintomas de forma duradoura, sem agredir os tecidos da ATM e sem a necessidade de cirurgia.
- Casos que Realmente Precisam de Cirurgia
Claro, há situações em que a cirurgia é necessária, como:
- Tumores ou anquilose da ATM (fusão óssea da articulação);
- Reabsorção condilar grave;
- A falha de todos os tratamentos conservadores após acompanhamento prolongado NÃO IMPLICA em tratar com cirurgia. E sim, investigar com mais critério e tratar corretamente. Acredito mais nas falhas de tratamentos clínicos mal conduzidos e mal indicados como: Botox, fisioterapias, laser, placas para dormir, aparelhos ortodônticos, ajustes oclusais e etc…
Casos, realmente, indicados para a cirurgia da ATM são raros. E mesmo estes, a cirurgia deve ser precedida de uma avaliação criteriosa por um cirurgião Buco-Maxilo-Facial experiente no assunto.
- O Papel do Instituto da ATM e da Ortodontia Funcional/Volumétrica
Hoje, nos centros especializados como o Instituto da ATM (com trabalhos do Dr. Marcelo Matos , Dr. Marcelo Chiarinni e Dr. Danilo Dantas) têm mostrado que é possível realinhar a mandíbula com dispositivos intraorais personalizados (como o DIO), sem cirurgia. Descomprimindo a articulação, realinhando o funcionamento da musculatura e permitindo uma vida normal. Esses tratamentos proporcionam além do que o alívio dos sintomas, restauração funcional da articulação e prevenção de danos permanentes. Aqui falamos de tratar a(s) causa(s) do problema e não apenas os sintomas. O controle dos sintomas será a consequência.
Diagnósticos apurados com exames sorológicos, de sangue, radiografia panorâmica, Ressonância Nuclear Magnética, Eletromiografia e Cinesiografia da Mandíbula são imprecidíveis a correta interpretação destes exames para o diagnóstico e tratamento preciso.
Conclusão: Melhor Tratar com Inteligência do que Cortar com Pressa
A cirurgia da ATM, em muitos casos, é desnecessária e até arriscada. O verdadeiro avanço está na medicina personalizada e conservadora, que trata o paciente como um todo — e não apenas um “encaixe mecânico” da mandíbula.
Antes de aceitar uma cirurgia, busque outras opiniões, investigue as causas reais do seu problema e entenda que, na maioria das vezes, seu corpo precisa de alinhamento e equilíbrio, não de bisturi.
✔ Cuide da sua ATM com carinho. Ela merece mobilidade, funcionalidade e respeito — e você também.
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